Minha carta pra ti


Olá,

Recebi, ontem, 30 de janeiro de 2013, uma chamada no meu celular de um número com prefixo 081. Logo pensei em você e no pai. Eu fiquei fora o dia todo e quando cheguei em casa vi a chamada, mas já seria falta de educação retornar, pois já era tarde.


Desde meu último contato, sempre sonhei com o pai. Há anos, sonho com ele. Em nossos sonhos, conversamos, levei bronca e também nos despedimos. Foi a forma que minha alma tinha para contatá-lo, pois nos últimos anos vivi momentos muito difíceis que me impediram de procurar contato.

O jeito foi sonhar, pois da última vez que liguei pra vocês a empregada avisou que ele já não falava mais ao telefone. Quando perguntei por você, ela me disse que você estava na piscina. Deixei recado mas não tive retorno. Aliás, que fique claro. Nunca imaginei ou esperei que você um dia pudesse me procurar, me ligar ou qualquer coisa do tipo. Não costumo criar falsas expectativas. Sei que sou fruto de algo que se deseja enterrar, esquecer. Por essa ótica, era melhor meu pai ter mandado minha mãe me abortar.

E assim me comportei nos últimos anos. Até receber essa chamada (081) no meu celular e minha mãe me ligar tarde da noite me assustando com uma novidade.

Já era bem tarde. Ela me ligou e me contou sobre sua nova morada. Ela me deu até seu endereço. Imagine só. Ela me disse para eu ir até o seu prédio, te procurar, te chamar, enfim. 
Mas sinto sinceramente que não verei mais o pai. Em meu último contato pessoalmente com vocês, eu já havia pressentido isso. Ainda mais com as coisas que recebi. Os livros, meu álbum de infância, desenhos antigos. Sempre achei que aquele momento já era uma despedida; minha última chance de receber o carinho consciente do meu pai.

Uma nova mudança? Para mim não seria novidade. Vocês já mudaram de cidade uma vez sem me avisar ou tentar de alguma forma um contato comigo. Não seria a primeira vez. Eu até entendo. Não sou parte da “nova” família. Sei muito bem disso. Nunca fui. Nunca pretendi ser. E se nunca fui, nunca serei. Só queria receber e contar com a presença e o apoio do pai.


Enfim. Há pouco tempo comecei um novo ciclo em minha vida e agora preciso fechar as velhas janelas a fim da realidade não poder invadi-las. Existem muitas janelas ainda abertas em minha vida e preciso encerrar esse ciclo já antigo. Preciso ser gentil com minha alma.

Diante de tudo isso, gostaria de receber notícias sobre o paradeiro, situação ou estado do meu pai. Pode ser honesta, transparente e direta, sou boa em receber más notícias. 

Faço deste texto um desabafo. Deixo claro que não pedi pra nascer. Não pedi pra sofrer. Não pedi para ser aceita. Só queria ser amada, me sentir segura e feliz. Aliás, ter uma vida feliz é um desejo e um direito de todos. Escrevi recentemente sobre isso.

Sei que cada um é cada um. E que o que colhemos é reflexo do que plantamos. Sei que tenho minha parcela de participação nos efeitos, que sentimentos tão fortes me causaram. Mas todo efeito é resultado de uma causa.

Desde já, eu a parabenizo por zelar do meu pai por tanto tempo. Agradeço por você tê-lo feito um homem feliz, querido e amado. Ele já era um homem admirável. Mas melhorou muito ao seu lado. Sua essência foi o resgate dele.

Você apareceu no momento certo. E ainda herdou consequências indesejadas. Mas o amor superou e prevaleceu.

Meu respeito e admiração. Fique bem. Fique na paz.






Felicidade: Seu Direito ao Seu Alcance.

Sabemos que a união e a amizade são muito importantes. A amizade genuína (raríssima nos dias atuais) é baseada na confiança. E a confiança vem da abertura, da transparência e da honestidade. Com base na confiança aparece a verdadeira amizade, a amizade genuína. Olhando por essa ótica percebemos realmente que não há como desenvolver a confiança em alguém, se este não estiver aberto, se este não for transparente e honesto conosco. Não podemos confiar em quem não nos oferece isso.

Somos todos seres sociais. E em todos nós existe essa essência, essa característica. E para a sobrevivência individual de cada ser humano, é necessário que a cooperação genuína e o senso de comunidade façam parte da vida. Ninguém sobrevive sozinho ou isolado. Hoje a melhor conjugação dos verbos estará para sempre, na segunda pessoa do plural. NÓS! NÓS! NÓS! Sozinho você chega mais rápido, mas juntos chegamos mais longe. Hoje percebemos de forma mais consciente que a única barreira existente entre nós, seres humanos sociais, é a pele. Analise e reflita sobre isso.

Ouvi recentemente um sábio dizer que todo ser humano tem a mesma semente de compaixão, por que todos são nascidos de mães que amaram, zelaram, amamentaram e cuidaram de seus filhos. A teoria dele se baseia no amor de mãe, explicando que se trata da mais sincera e poderosa semente de compaixão que um ser humano pode receber. Nesse momento eu questiono: “e as crianças indesejadas?”, “e as crianças que foram planejadas para segurar um casamento?” ou ainda, “e as crianças abusadas, vendidas, rejeitadas ou dadas para adoção?”.

Os seres humanos compassivos e unidos são mais felizes. Concordo. Desfrutam de amizades genuínas. Concordo. Sabem por experiência o que é cooperação genuína e possuem um apurado senso de comunidade. Concordo.

E os demais seres humanos que não receberam a mesma semente de compaixão? Como fazem para buscar a sobrevivência? São estes, seres humanos, desejosos por amizade, carinho, respeito, dignidade, atenção, amor, compaixão, zelo e cuidado. Para que sobrevivam, precisam da cooperação genuína e precisam sobretudo descobrir e experimentar o que é o senso de comunidade. O que é comunhão.

Onde encontrar isso nos dias atuais? Onde, se a grande maioria se protege e se preserva dentro de suas casas? A fé religiosa pode ser a solução para muitos. Mas a fé sem cooperação e sem o senso de comunidade enfraquece, adoece e morre, prejudicando e confundindo ainda mais, quem precisa. 

Na minha visão, a comunhão e a cooperação são atributos do “tecido” da humanidade; que tornam possível uma existência de amor e fé, em unidade, na diversidade e na adversidade. Dessa forma, acabamos todos recebendo de uma maneira ou de outra, uma maravilhosa semente de compaixão, seja de mãe, de familiares, de Deus ou de amigos genuínos. E finalmente desfrutando da felicidade.

Todos somos seres humanos 100% iguais em um aspecto: todos nós desejamos ter uma vida feliz. E todos nós temos esse direito. Independente de termos recebido amor ou rejeição, de termos recebido carinho ou abuso, independente de sermos deficientes ou não. É um direito inalienável. Pense nisso.


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Perder-se também é caminho.

Fomos formados a partir de pequenas substâncias, moléculas, átomos. Um verdadeiro milagre. Fomos sendo moldados por mãos sobrenaturais, invisíveis. Nos tornamos criaturas em miniatura com riqueza de detalhes e incrível precisão. Tudo isso em um ambiente aconchegante, protegido e inviolável. Nascemos indefesos, inocentes, ingênuos, carentes, puros.

Crescemos, nos tornamos "independentes" e depois nos perdemos nesse mundo, como verdadeiros sonâmbulos.

Mas tudo faz parte da vida e do propósito de Deus. Um dia finalmente morremos para o mundo e nascemos para Deus. Crescemos na fé e enfim encontramos a nós mesmos, no melhor lugar.

Lucas 15:24 - Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.

Quando somos vistos pelo que somos

Quando não somos vistos pelo que somos, nós sofremos.
Trecho do livro: Dê o Passo A Ponte estará Lá de Grace Cirocco

Vivemos numa sociedade que nos pressiona para a carreira, para o dinheiro, para o sucesso, para a realização, como se a conquista do material pudesse saciar quem somos em nossa essência. Lembro que quando estava para decidir sobre a faculdade que desejaria fazer e a carreira que desejaria seguir, uma pessoa me questionou; “você vai viver de que?”, “vai montar uma barraca na Praça da República?”. Enquanto que outra me orientou: “faça o que você tem vontade”. Optei naquela oportunidade por fazer Artes Plásticas. Fui vista sob dois olhares. Um olhar me viu pelo que eu era, o outro olhar me via, mas não me enxergava.

Em várias outras situações durante minha vida, passei pelo mesmo cenário, porém com proporções e consequências bem diferentes. Mas sempre teremos em nossas vidas pessoas que veem nossa essência e outras que simplesmente não tem essa habilidade. Uma das lições que aprendi nessa vida é a de que não podemos esperar de uma pessoa, aquilo que não esta pode nos dar. Não espere amor, de quem não tem capacidade de amar. Não espere verdade de alguém que pratica a mentira. Não espere respeito de quem não sabe o significado disso.

Hoje depois do avc, aprendi muitas coisas novas, de uma forma intensiva. Digamos que passei por um intensivão da vida. Aprendi que posso ser vista pelo que sou. Mas só posso ser vista pelo que sou se eu assim o permitir; permitir que outras pessoas conheçam a minha essência. Andei me escondendo das pessoas do passado. Andei pensativa. Procurei me manter isolada das pessoas que me conheciam para não me expor. Não quis ser vista pelo que me tornei. Não queria que percebessem minha tontura, meu cansaço, meu desequilíbrio, minha falta de coordenação, enfim não queria que conhecessem a nova pessoa que me tornei. O que mudou não foi só o aspecto físico, mas valores diferentes agora fazem parte da minha essência.

Mas não resisti às amizades autênticas e genuínas. Pessoas que me deram o tempo necessário para a introspecção. Pessoas que respeitaram meu período de caverna. Pessoas que me viram e me enxergaram. Pessoas que usaram a empatia com sabedoria. Pessoas usadas por Deus que alimentaram minha alma com livros maravilhosos. Pessoas que me inspiraram com gestos sinceros. Pessoas que me adornaram com orações. Pessoas que me deram carinhos físicos que foram sentidos na alma. Agradeço à Deus, pela vida de vocês que hoje me veem pelo que sou. Obrigada.

O problema do significado da vida é solucionado pelo mistério do amor.
Sam Keen

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Pensamento enviado por Eliane Bastos. Adorei!

Não importa o que o passado fez de mim. 
Importa é o que farei com o que o passado fez de mim. 
(Jean-Paul Sartre)


Num primeiro contato, Eliane me assombrou, me assustou, quase me afastou. Mas a necessidade criou em mim, coragem. Além do estímulo inseguro de um novo trabalho,  eu recebia um desafio: conquistar uma chefe durona. 

Com o passar dos meses nos tornamos colegas de trabalho. Depois anos se passaram e nos tornamos amigas. As ocasiões nos tornaram confidentes e as adversidades nos transformaram em irmãs. 

E foi assim; o outono anunciou o inverno, que se transformou em segundos. Os segundos anteciparam a primavera, fazendo-a surgir de repente. A primavera assegurou a prosperidade daquele verão e fez dele uma estação permanente no tempo da nossa amizade.

Eliane Bastos

Folha em branco


Uma folha em branco surge na minha frente. Eletrônica, mas ainda assim em branco. Preciso dividir meus sentimentos, meus instintos, minha intuição, meus pensamentos. Eles vão surgindo como uma água posta para ferver. A ebulição vai se formando e a vontade de escrever fica latente.

Somos um espírito com alma, que habitam um corpo

É madrugada e penso no que é genuíno, autêntico, fiel. Um ser humano, uma amizade, uma mãe, um filho, um sentimento. Algo que simplesmente é dessa forma. Formado divinamente dessa forma. Autêntico. Meu filho é genuíno. Meus olhos são genuínos. Nossos corações são autênticos. Cada um em sua função de existir e co-existir num ambiente próprio. Não imagino minha vida com outro filho. Não imagino outra mãe para ele. Não me imagino sem o amor de Deus que sinto dentro do meu corpo. Fui criada assim. E você também. Não imagino minha carcaça eterna. Mas imagino sim, minha alma e espírito eternos.

Cada coisa ao seu tempo. Cada coisa, forma ou ser, foi criado e existe de forma autêntica e genuína. Tudo existe de forma perfeita e acontece por determinado motivo. Quem nasceu para fazer o bem, dessa forma será usado; não há como fugir: sua missão será completada. 

Quem nasceu para aprender precisa entender e compreender rapidamente isso. As lições vão se repetindo, as perguntas e os questionamentos são os mesmos e a resposta é apenas uma. A mesma. Você ainda não se deu conta? Mais um ciclo em sua vida se repete. Já é hora de reconhecer o bem. Já é hora de parar de fugir.

A resposta não está nem no mais profundo oceano, nem no mais alto céu. A resposta para todas as coisas está no íntimo da sua essência. E o íntimo da sua essência é Deus. E Deus é amor. Escute, aprenda, sinta e reconheça. É tempo de ver com os olhos, enxergar com o espírito e sentir com a alma. Entregue-se.

Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. 
Romanos 8:39

Qual tipo de escada você está usando nessa fase de sua vida?

Você é uma pessoa que gosta de desafios? Pode ser que sim ou que não, depende do momento de sua vida. Será que depende de dinheiro, de saúde ou de família? Podem ser vários os fatores, mas sempre teremos desafios em nossas vidas. 

A vida é um bem precioso que nos foi dado, e que está sempre em constante mudança. Nosso corpo muda, nossos pensamentos e opiniões mudam, nosso conhecimento muda e além disso todas as pessoas ao nosso redor, também estão passando pelas mesmas mudanças.

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O caminho sempre existirá. Imagine uma escada. Você sempre estará subindo, evoluindo, vivendo experiências novas, compartilhando, sonhando. Sua escada é diferente da minha escada, a minha escada, neste momento da minha vida, é diferente da escada do meu filho, e assim sucessivamente. Todas as escadas de nossa vida serão diferentes umas das outras e a cada mudança em nossa vida, a cada novo cenário, a cada novo tempo, a nossa escalada muda, nossa jornada muda, por que nossa escada muda.

Seja qual for a sua escada nesse momento, ou se você está como eu, numa fase de mudança de escada; o importante é buscar a estratégia certa para continuar subindo, continuar vivendo. Você pode ainda estar se adaptando à novidade da mudança. Tem mais esforço envolvido e os resultados parecem estar mais distantes. Mas devemos continuar, de passo em passo, de ação em ação. O processo será diferente nessa nova fase. Mais lento ou mais dinâmico, mais cansativo ou revigorante. Facilidade de adaptação às mudanças. Reflita. Sou uma pessoa flexível?

O medo de errar o passo, de cair e de recomeçar é óbvio, é latente. Às vezes nem é medo, é pânico. Mas com inteligência, estratégia e fé todos temos condições de sobreviver, viver e de ser feliz. Ainda que você não acredite. Uma hora chegamos lá. E quando atingirmos nossa meta, em mais um aprendizado, mudaremos de escada novamente e assim sucessivamente. A vida é assim; mutante.

Diferentes gerações cozinhando

Tenho excelentes lembranças tomando esta ação. Três pessoas me ensinaram a cozinhar macarrão. As três marcaram fases distintas de minha vida.

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A primeira pessoa com quem aprendi a cozinhar macarrão foi meu pai quando eu tinha 9 anos. E se eu tinha 9, ele tinha 47 anos. Estávamos no sítio em Atibaia. Sítio este em que eu e meu pai fazíamos longas caminhadas de mãos dadas. Numa noite de um final de semana qualquer estávamos sozinhos, sem a presença de minha mãe. Estávamos como sempre passando o final de semana na casa de madeira. Meu pai me ensinou a cozinhar espaguete com molho vermelho. Foi meu primeiro contato com o fogão. Meu pai já estava me orientando, me ensinando a sobreviver. Tenho saudades desse pai. Esse, que o tempo não traz mais. Só a memória pode trazê-lo.

A outra pessoa com quem aprendi a cozinhar macarrão com molho vermelho foi minha pastora. A pra. Beth. Eu já era adulta, casada, com filho. Eu estava no apartamento dela, no bairro do Ipiranga, e ela lá me ensinando a fazer um molho maravilhoso. Estávamos com mais pessoas, mas não lembro quem. Eu estava aprimorando minhas poucas ou quase inexistentes habilidades culinárias. Aos poucos fui aprimorando a técnica. Fizemos o mesmo prato da minha infância. Só que agora eu registrava as informações com mais consciência. Nunca havia comido um macarrão com um molho daquele. Tento fazer o mesmo, mas o dela sempre terá um sabor diferente. Sabor de amor.

Agora a criatividade e a praticidade aprendi na televisão. É claro que falando de cozinha não poderia faltar a Ana Maria Braga...rs. Aprendi com ela a fazer macarrão na panela de pressão. Foi espetacular.

O mesmo tento aplicar com meu filho, Philippe, que hoje já sabe cozinhar o básico sozinho. Ainda estamos nesse momento passando por um período de reeducação alimentar. Mas chegaremos lá! Espero que meu filho encontre no caminho de sua vida outras pessoas maravilhosas que o auxiliem a aprimorar suas habilidades culinárias. A cozinha é algo de amor, feito com amor e transmitido com amor, que se passa de geração à geração. Faça você o mesmo! 

Hoje sou capaz de fazer um macarrão maravilhoso. Inovador como o da Ana Maria Braga; com sabor de amor, igual ao da minha pastora e cheio de saudades, como o do meu pai.

Vitória nas pequenas coisas

Pequenas? Só quem foi privado de mobilidade e da liberdade de ir e vir, compreenderá o teor do que vou abordar adiante. 

São gigantescos obstáculos que foram sendo derrubados, um a um. E com o tempo todos os demais gigantes, sejam físicos, emocionais ou psicológicos, todos serão derrubados.

Antes eu andava somente acompanhada. Meu filho foi o que mais sofreu. Me amparando, me dando o braço dele como apoio, além da paciência que ele doou para aguentar uma mãe “lerdinha”. Pois é. Eu andava sempre com paradas, encostando em muros, por causa da tontura e dor, de tanta força feita para controlar o corpo e evitar as quedas.

Atualmente já saio sozinha. E sem a necessidade de usar o celular para ligar para meu filho. Aprendi a andar sozinha, mesmo estando tonta. Só preciso me policiar para não abusar demais. Faço tudo por etapas, mas faço. No caminho de regresso para casa, faço uma paradinha estratégica num café, padaria ou sacolão. Ou no caminho para algum lugar já planejo onde fazer um pit stop. Me recusei a depender de bengala. Venho aprendendo de forma consciente a interpretar os momentos certos de usar os tornozelos e os quadris para manter o equilíbrio. Algo que se faz de forma inconsciente e automática, hoje, faço de forma consciente e gastando várias calorias...rsrs.

Hoje saí na rua para cumprir várias tarefas. Tudo próximo, mas foram várias. A maior alegria foi ter a medida necessária para comprar uma comidinha fresquinha para fazer para meu filho. Saí, andei, fui aqui, fui ali, escolhi, paguei, carreguei, cheguei em casa e botei tudo para cozinhar. Uma imensa vitória para mim. Imaginem. Eu nem me mantinha em pé, nem conseguia engolir. O simples fato de poder comprar e preparar alimentos é uma grande vitória.

Passei recentemente por um período de “luto”, porém necessário. Passado o luto, agora surge em mim a vontade de superar, de acertar, de continuar lutando, mas ainda com algumas reservas. 

Logo hoje, um dia a mais na minha recente de independência, encontrei um casal maravilhoso. Sem eles esperarem, foram usados por Deus para me mostrar que estou no caminho certo. Sair da “caverna” foi só o primeiro passo.


Sair da “caverna” foi só o primeiro passo.