Compreendendo a diferença entre teoria e prática. Coragem para errar.

Estou começando a perceber a imensa diferença que existe entre minhas ideias, conceitos e teorias que tenho e as viabilidades práticas para executá-las. De uma forma ou de outra, os acontecimentos e as circunstâncias ambientais não viabilizam a aplicação de muitas de nossas ideias. A execução é mais complexa do que simplesmente sermos estimulados por uma boa ideia. É bem provável inclusive que tenhamos de mudar nossos planos e assim percebamos o quanto algumas de nossas ideias, conceitos ou teorias estão meio defasadas ou ainda são meio ilusórias, como sonhos; como algo impossível.

Tudo isso pode chatear muito, pois é de fato muito chato quando planejamos as coisas, quando criamos toda uma ideia de como proceder, de como agir e ocorrem imprevistos que nos levam a ter de replanejar tudo sob uma nova ótica ou retrabalhar os conceitos originalmente obtidos.

Mas temos uma excelente oportunidade para trabalhar nossa fé, a fim de acreditar que os sonhos podem ser alcançados, porém tudo, sempre, vai requerer ação, execução e coragem. Ação para colocar as ideias em movimento. Execução, fazer, ter disciplina para colocar em prática. Coragem para errar quantas vezes for necessário. Esse é o maior desafio: ter coragem de errar. Coragem para ter uma mente flexível, coragem para cansar e começar de novo, coragem para cair e levantar de novo, sempre, aprender novas maneiras de como fazer as coisas.
Costumo sofrer demais por antecipação, vendo as coisas apenas sob um determinado ponto de vista. Imaginando os eventuais e possíveis pontos negativos. Aí vem a vida, agora, há 8 meses atrás, de repente, me obrigando a ver o outro lado das coisas. Quando não seguimos adiante, Deus encontra maneiras de nos fazer andar. Isso é libertador, muito mais do que ser apenas uma "coisa chata", uma verdadeira aventura; dura, às vezes hilária, às vezes cruel.
Reconhecer que Deus está em tudo e em todos e que as coisas acontecem por que Ele assim permite, ocorre raramente e só vem a reforçar a ideia de que este é um momento para aceitar, humildemente, que não sabemos de tudo, que não conhecemos todas as verdades, que precisamos abrir mais nossa alma e espírito para aquilo que Deus, a vida - e as outras pessoas - têm a nos ensinar, ainda que não sejam coisas que venhamos a gostar de ouvir, ver ou de sentir.