Compartilhar é um milagre

Compartilhar é um milagre que pode transformar 
o mais pesado dos corações.

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O simples ato de repartir tem o poder de reunir mesmo aqueles que vivem separados por seus próprios interesses. O mundo se amplia, um momento de bondade é criado e, onde antes não havia nada, surge algo novo.

Com frequência não percebemos esse milagre cotidiano. Construímos nossa vida em torno do objetivo de acumular dinheiro, bens e status como uma forma de nos proteger dos caprichos do mundo. Sem perceber, passamos a enxergar o ato de dar por uma ótica materialista - como uma subtração do que temos e somos - e o colocamos na balança do interesse pessoal.

Por sorte compartilhar não é nada disso. Trata-se de um ato gerador que multiplica o efeito que causamos no mundo.

Trecho de: Simples Verdades de Kent Nerburn

Quando a personalidade mata a individualidade

A individualidade é a sua essência. Você chega nesse mundo com ela, nasce com ela. A personalidade é emprestada. Ela lhe é dada pela sociedade.

A personalidade é uma coisa aprendida. A palavra "personalidade" vem de uma raiz grega que significa máscara - persona. É uma face que você veste; não é a sua face original. A personalidade é aquilo que você não é, mas tenta mostrar que é. A personalidade é aquilo que você tem de usar quando você se move na sociedade. Individualidade. Característica do que é individual, que diferencia uma pessoa; aquilo que está presente com o indivíduo: identidade. É o que faz com que alguém seja único. 

Vejamos um exemplo prático: Considere um sorriso. Se o sorriso vier da essência, então, ele se espalha por todo o seu ser. Você sente um profundo contentamento, se sente bem e abençoado; a benção permanece e se demora à sua volta, como um perfume sutil. Trata-se de um gesto sincero, autêntico.

Em cada ato de cada pessoa, você tem de observar. De onde vem esse gesto? Da personalidade ou da essência? Se vier da essência, a essência vai crescer, por que você vai lhe dar uma oportunidade de se manifestar, de se expressar. Se o gesto vier da personalidade, então a personalidade vai se tornar cada vez mais dura e vai sufocar completamente a essência.

Lembre-se repetidamente de observar: "De onde vem isso?".

Desde nossa infância, somos ensinados a viver em sociedade, em grupo, em comunidade. Costumamos desde pequenos a desenvolver nossa personalidade para manter essas relações. Assim, é desenvolvida uma corrida para  a melhor formação, para a melhor carreira, para o melhor trabalho, o melhor cargo, e um "sem-fim" de "melhores" e de competições. Há até algum esforço para a preservação da individualidade, mas o resultado é que a essência vai dando cada vez mais espaço ao ego.

Quando aceitamos a predominância da personalidade, perdemos a oportunidade de conhecer o verdadeiro indivíduo com quem nos relacionamos. Além disso, nossa essência também se perde dentro de nós mesmos. Acabamos inconscientemente repetindo padrões e acabamos usando nossa personalidade para se relacionar com o outro, ao invés de usarmos nossa individualidade, nossa essência. 

Mas há uma lei universal a qual ninguém pode mudar: a verdade tem uma maneira de surgir. A verdade encontrará seu caminho. De um jeito ou de outro, a verdade acaba sendo conhecida. Mais cedo ou mais tarde a individualidade renascerá como a fênix. A individualidade pode surgir de forma violenta e revolucionar o ser; anular o poder do ego e revelar a pureza cristalina da vida. 

Não espere pela força da vida. Contribua a favor de você mesmo. Resgate a sua individualidade. Para seu bem e para o bem dos que estão à sua volta; para uma vida melhor. Para ser cada dia mais autêntico e feliz. Para viver relacionamentos saudáveis, honestos, puros e verdadeiros. 


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Permita que as pessoas conheçam você em sua essência. E descubra a essência das pessoas ao seu redor. Você poderá se surpreender.

Um dia perfeito

Meu dia perfeito ocorreu no dia 15 de maio (última quarta-feira). Nunca pensei que meu dia pudesse ser tão perfeito, em tão boa companhia. Talvez seja coisa de Deus, talvez seja o acaso. O fato é que fé, orações e atitudes genuínas fazem toda diferença.

Logo cedo eu já tinha um compromisso importante, inadiável, uma ocasião que poderia ser terrível (de acordo com as últimas experiências). Era o dia de comparecer à mais uma perícia no INSS. A hora agendada era 8h da manhã. E para evitar fila, dores, constrangimento e humilhação, eu deveria chegar bem cedo e acompanhada.

Por isso, pedi ao Philippe que faltasse na escola (novamente, pois já tínhamos ido no dia 13). Levantamos cedinho, nos arrumamos num instante e fomos tomar um café da manhã de boteco. Um simples pão na chapa com café com leite saciou meu vazio. Fomos ao barzinho na esquina de nossa casa; local que confiamos, onde somos conhecidos, onde somos queridos e os funcionários também são queridos.

Pegamos um ônibus bom, vazio, tranquilo, já eram 7h15; um milagre. Descemos exatamente na porta do INSS e logo percebemos que o local estava vazio. Estranhamos a ausência de filas. Não precisamos esperar do lado de fora do prédio, não havia fila dentro também. Chegamos, logo pegamos uma senha e logo fui chamada.

Com o coração apertado, com medo, fui à sala da perícia. Ao entrar vi uma médica que parecia me conhecer. Eu também tive a sensação de já conhecê-la. Ela me reconheceu de uma outra perícia realizada há tempos atrás. Ela lembrou que eu estava em reabilitação no HC, perguntou como eu estava, foi respeitosa, amável, humana. Logo fui dispensada e peguei meu resultado. Meu benefício foi prorrogado.

Saímos rápido com o dia fresco. Eu de braços dados com meu filho, andando pela Praça Dom José Gaspar, no centro da cidade. Havia um ar bucólico na cidade, os restaurantes sendo arrumados, calçadas sendo lavadas, pessoas correndo atrasadas para o trabalho. Sentamos num café para uma pausa. Um café fresquinho pra mim, um suco e um petisco pro Lipe e continuamos nosso papo. Uma delícia.

Voltamos para casa  e juntos preparamos um almoço fresquinho. Coisa simples, feita à quatro mãos. A hora passou e ele foi para o curso dele e eu fui para o HC. Ficamos combinados de pegar um cineminha para aproveitar o descontão dado de quarta-feira.

No HC (IMREA-Lapa), tive um bate papo tranquilo e próspero com a Silvia. Tive uma aula de hidroterapia produtiva. Encontrei os amigos de sempre. Todos estavam bem. Saí de lá e fui direto para o ponto de encontro com o Lipe.

Nos encontramos e escolhemos juntos o melhor filme que havia disponível naquele começo de noite. O filme em si era bem fraco. Mas o gostoso foi estar ali, em boa companhia, pagando baratinho pelos ingressos, nos divertindo com um filme de terror.

Voltamos para casa tranquilos, descansados. Tínhamos vivido um dia simples e produtivo. 


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