Sabemos que a união e a amizade são
muito importantes. A amizade genuína
(raríssima nos dias atuais) é baseada na confiança.
E a confiança vem da abertura, da transparência e da honestidade.
Com base na confiança aparece a verdadeira amizade, a amizade genuína. Olhando
por essa ótica percebemos realmente que não há como desenvolver a confiança em
alguém, se este não estiver aberto, se este não for transparente e honesto
conosco. Não podemos confiar em quem não nos oferece isso.
Ouvi recentemente um sábio dizer que todo ser humano tem a mesma semente de compaixão, por que todos são nascidos de mães que amaram, zelaram, amamentaram e cuidaram de seus filhos. A teoria dele se baseia no amor de mãe, explicando que se trata da mais sincera e poderosa semente de compaixão que um ser humano pode receber. Nesse momento eu questiono: “e as crianças indesejadas?”, “e as crianças que foram planejadas para segurar um casamento?” ou ainda, “e as crianças abusadas, vendidas, rejeitadas ou dadas para adoção?”.
Os seres humanos compassivos e unidos são mais
felizes. Concordo. Desfrutam de amizades genuínas. Concordo. Sabem por experiência
o que é cooperação genuína e possuem um apurado senso de comunidade. Concordo.
E os demais seres humanos que não receberam a mesma
semente de compaixão? Como fazem para buscar a sobrevivência? São estes, seres humanos, desejosos por amizade, carinho,
respeito, dignidade, atenção, amor, compaixão, zelo e cuidado. Para que
sobrevivam, precisam da cooperação genuína e precisam sobretudo descobrir e
experimentar o que é o senso de comunidade. O que é comunhão.
Onde encontrar isso nos dias atuais?
Onde, se a grande maioria se protege e se preserva dentro de suas casas? A fé
religiosa pode ser a solução para muitos. Mas a fé sem cooperação e sem o senso
de comunidade enfraquece, adoece e morre, prejudicando e confundindo ainda mais,
quem precisa.
Na minha visão, a comunhão e a cooperação
são atributos do “tecido” da humanidade; que tornam possível uma existência de
amor e fé, em unidade, na diversidade e na adversidade. Dessa forma, acabamos
todos recebendo de uma maneira ou de outra, uma maravilhosa semente de
compaixão, seja de mãe, de familiares, de Deus ou de amigos genuínos. E finalmente desfrutando da felicidade.
Todos somos seres humanos 100% iguais em
um aspecto: todos nós desejamos ter uma
vida feliz. E todos nós temos esse direito. Independente de termos recebido
amor ou rejeição, de termos recebido carinho ou abuso, independente de sermos deficientes
ou não. É um direito inalienável. Pense
nisso.
Imagem: internet |