Não desperdice sua dor

A dor existe por um tempo determinado, mas nenhuma dor é para sempre. A vida não é toda ela vivida em meio à dor. Graças a Deus por isso. Mas todo período de vida, da vida de cada ser humano, tem fases e tempos de dores.

Mas a palavra de Deus nos garante que Ele é Deus de toda consolação; é nosso consolador em todas as nossas dores e aflições. Então, se a palavra nos garante isso, é necessário crer que Deus é capaz de nos consolar de toda espécie de dor. E tudo pelo que passamos nos habilita, nos credencia, a ajudar outras pessoas que também passam pela dor. 2 cor. 1:3 e 4.

O apóstolo Paulo foi exposto à muito sofrimento. Em 2 cor. 1:8 percebemos um dos tipos de dor que ele sofreu, mas ele não desperdiçou sua própria dor. Em meio à sua dor, ele fez uso de todo o potencial que cada uma de suas dores tinha, para seu próprio crescimento interior, se tornando um dos maiores escritores e pregadores do evangelho nesta terra. Sua conversão pode ser conhecida em Atos 9, do v.1 ao v.19. E há uma passagem devidamente registrada, até os dias de hoje, que testifica que esse apóstolo sofreu muito; Atos 9: 15 e 16 : Mas o Senhor disse a Ananias: “Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel. Mostrarei a ele quanto deve sofrer pelo meu nome”.

Cada dor tem um valor e dentro de cada dor há um potencial de força. Por isso, não ignoremos nossas dores. Mas, porém, entretanto, contudo, não podemos dar à dor a autoridade de nos humilhar, mortificar ou derrotar. Não podemos nos render à ela, a fim de que morramos de tristeza. A dor tem muito poder, mas não podemos permitir que esse poder seja usado para o nosso mal. Seja a dor da decepção, da perda ou da morte, seja qual for a situação, nenhuma dor pode nos abater e nos arrasar definitivamente. Não podemos ficar questionando 'o porquê' das coisas, mas devemos usar o potencial e a força de cada dor para produzir um bom fruto; um fruto que prevaleça e que fique como legado para o bem de outras pessoas.

A dor amacia nosso coração, nos transforma em pessoas compassivas e nos aproxima de Deus. Nos torna sensíveis ao Espírito Santo de Deus e à vida humana. Dentro da dor conhecemos quem somos. Seja qual for a potência da dor, ela poderá gerar o melhor de nós. 

Não podemos rejeitar nossas dores. E se assim, não as rejeitarmos, mas sim, depositá-las com zelo nas mãos certas, nas mãos de Deus, Ele fará algo sobrenatural, se assim desejarmos. Deus não pode consolar totalmente nossos corações sem antes seu próprio Espírito Santo fazer algo de maravilhoso em nós. Quanto antes permitirmos que Ele complete sua obra em nós, mais cedo aprenderemos, mais cedo nos livraremos da dor e mais cedo poderemos ajudar outras pessoas. Existe um trabalho a ser feito em nosso interior, em nossa essência, antes que Deus nos console totalmente.

Sem dor, não há crescimento. Nossas dores serão úteis nas mãos de Deus, mas sem dor não há geração do crescimento. Podemos lembrar da história de Martin Luther King, de Madre Teresa ou de Martinho Lutero, assim como milhares de outras pessoas que produziram grandes mudanças e transformações em nosso mundo. Houve um preço pago para a produção de uma história de vitória e todo um legado.

Nos galhos secos de uma árvore qualquer o criador vê uma flor a brotar...