Na Emergência:

A senhora fuma? Faz uso de drogas? Remédios? Anticoncepcional? O que está sentindo agora? Fez alguma cirurgia? Quais?


Imagem: internet

Eu estava absolutamente consciente. Respondi a todas as perguntas. Chamei o enfermeiro, mostrei minha tatuagem com o nome do meu filho e disse: "Esse rapaz é meu filho e está na recepção me esperando, avise por favor que a mãe dele vai demorar, mande ele ir para casa". E ele foi.

Meu filho voltou um pouco depois que percebeu que tinha ido embora com meu RG e minha carteirinha do convênio médico. Ele entrou na sala de emergência onde eu estava e deixou os documentos sobre o lençol. Aí eu disse: "Avisa seu pai que estou na emergência do Samaritano".

Dei entrada na emergência com minha ficha às 14h08, mas creio que cheguei um pouco antes disso. Ao final de todas as perguntas e primeiros medicamentos me avisaram: "vamos internar a senhora".

Eu sabia que era grave, mas sabia também que meu celular estava em casa só depois que o André (meu ex-marido) aparecesse é que meus amigos e familiares saberiam do ocorrido.

Quando já estava na UTI consegui falar com o André. Primeira pessoa que pensei: "Taís". Amiga relacionada ao trabalho e vida profissional, que poderia avisar à bastante pessoas sobre o ocorrido. Era importante movimentar uma torcida, uma corrente do bem. e para isso a Taís era perfeita. Ela ficou sabendo no domingo logo que voltou de viagem. Momento propício para que seu pai e família clamassem em meio ao culto do domingo.

Depois mencionei ao André que avisasse a Dalvinha, da Igreja à qual eu me desgarrei. À pastora Beth e Bpo Luiz. A Dalvinha e seu marido apareceram, mas a Pra. Beth e o Bpo. Luiz não vieram...senti demais...era uma força com a qual eu contava...mas sei também que eles são obedientes e consultam Deus para cada coisa. Não tem jeito já concluí que teria de passar por isso sem o apoio deles. Já vivi muita coisa na Igreja e sei que tem lutas que a pessoa precisa viver e passar por elas só, só porém com Deus.

Além destas pessoas, pedi para avisar Eliane, Andrea (Lemos Britto), todos...todos que pudessem torcer por mim. E isso foi extremamente importante...As frases de apoio no Facebook, as reações e comentários, visitas como as da Danielle que recebi única e exclusivamente por causa do Facebook. Adorei...

Recebi ligações de pessoas queridas e distantes, uma ex-manicure chamada Marli, o zelador de um trabalho antigo chamado Nilo.....Surpresas boas.

Na segunda-feira, primeiro dia oficial, fiquei sabendo que umas dez pessoas tinham ido me visitar...foi bom saber que eu era querida... isso conforta o coração e motiva a luta e a reação.

O André foi um verdadeiro cavalheiro e amigo ao se tornar porta voz oficial. A Eliane também se mostrou a amiga que é ao se tornar porta voz para com o mercado de eventos, e a Silvana se mostrou como alma boa que tem ao cuidar até das minhas vontades e desejos alimentares preparando maçãs cozidas com calda....Incrível...Incrível...Incrível.